segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sábado, 16 de janeiro de 2010.


Baldim continua do mesmo jeito quando a conheci a uns 29 anos atrás.
Não existe muita coisa a se fazer além de fazer a comida, assistir TV, ou sentar no portão ou na praça para ver a vida passar. A internet aqui é para poucos; estamos também sem celular. Isolados do mundo e de encontro com nossa essência e o que acredito que temos de mais essencial: o amor ao outro.

As vezes acho que as pessoas que aqui moram esqueceram seus sonhos e estão literalmente esperando a vida passar.
Não existem projetos para juventude, que aos poucos vai embora em busca de trabalho e estudo.
Fico triste quando ouço meu primos contarem o que fazem para trabalhar, para estudar, para se divertir  que, acredito eu, deveriam ser direitos já adquiridos pelos cidadãos.
Conheci a pousada Moendas, empreendimento de minha prima Lili, seu marido Gê e sua família. Gosto de pessoas que pensam grande, que sonham e buscam, batalham pelo que querem.
Fomos a Serra do Cipó.
Agradeci a Deus pelo que vi. Fiquei pensando que se Deus fez tudo aquilo pelo homem, toda aquela beleza, quanto amor Ele tem por nós, não é mesmo?
A uns 7 anos atrás estive lá. Pagamos 3 reais para entrar na Cachoeira grande, que hoje estava fechada. Conhecemos um espaço chamado Cipoeiro, onde encontramos várias trilhas para inúmeras cachoeiras.
Pagamos 15 reais cada um. Se olharmos pelo preço e pelas pessoas que lá estavam, foi caro. Caro por não ser tão acessível, caro por constatarmos que a grande maioria que usufrui desse bem que Deus nos deu não é da localidade.
Porém, fiquei pensando no que vi: nenhuma sujeira, nenhum papel ou plástico espalhado. Infelizmente, na maioria das vezes, quanto mais barato,  mais gente, mais difícil o controle, mais degradação.
Ainda espero que um dia espaços como a Serra do Cipó sejam freqüentados por aqueles que até agora só tem movimentado a máquina trabalhando...



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