Todo mundo sabe que Deus está em toda parte. Alguns chamam isso de força, outros de energia, cosmos e tantos nomes para traduzir Aquele que é e ponto.
Contudo existem momentos especiais em que Ele, caladinho, faz seu trabalho, carinhosamente sem que percebamos. Momentos em que a demora faz com que passamos a reclamar, murmurar e se deixar levar pela tristeza. Mas Ele ali estava. aqui está...
Em nossa viagem para Baldim, na semana passada, vimos que Deus realmente colocou sua mão... Hoje consigo enxergar como que se estivesse em uma peça teatral...
1o ato: A saída do Rio
Combinamos que sairíamos daqui as 6 das manhã. Chegada prevista em Baldim: 13 hs. Amanheceu e a chuva caía com muita força. Duas pessoas esperaram para que ela passasse: nós e o mundo inteiro.
Conclusão: ruas alagadas, engarrafamento, atraso. Ficamos duas horas para conseguir pegar a entrada da Linha Vermelha. Meu irmão, depois de darmos uma volta enorme, errou o caminho.
Acertando o caminho tentamos, ir por Caxias. Nos informaram de forma errada, voltamos para o mesmo local em que estávamos parados. Já cansado conseguimos sair do Rio as 10 hs(Detalhe que saímos de casa as 7 da manhã).
2o Ato: Parada no Cupim (Caramba! Parece que nunca vamos chegar!)
Já cansados, paramos para um lanche rápido e recarregar as baterias. Quando saímos, chuva e vento nos impediram de prosseguir.
Paramos por 40 minutos. Desânimo e preocupação tomaram conta. Meu Deus, será que não deveríamos ter saído de casa. Eu e mamãe começamos a rezar.
O vento deu um tempo, a chuva também. Quando seguimos encontramos árvores caídas, polícia, destruição.
Se não parássemos, ou se estivéssmos no horário como combinamos mais cedo, provavelmente uma daquelas árvores poderia ter nos atingido.
Silenciamos. Acredito que Deus tenha sorrido por termos entendido...
3o ato: Perdidos em BH
Compramos um mapa para pegarmos um caminho, curto, seguro e conhecido para Baldim. Achávamos que estávamos no caminho certo, mas pegamos sem querer o caminho mais distante. Muito distante.
A noite, que era o que temíamos, chegou. A estrada desconhecida era iluminada pelos faróis do carro. Só pelos faróis de nosso carro: não havia nada que pudesse iluminar em local algum.
Chegamos depois de 12 horas no carro.
Minha prima estava muito preocupada, afinal ligava para os celulares e não conseguia notícias. Nossos celulares não têm sinal naquela região.
- O que houve? - perguntei. Nos perdemos um pouco mas chegamos bem.
- Vocês não pegaram chuva em BH?
- Não...
- Gente, uma enxurrada tomou conta do centro de BH está tudo alagado.
Bem, como nós nos perdemos, não passamos pelo centro. Fizemos a volta, sem querer, por toda cidade, e não encontramos uma só gota de chuva.
Nos entreolhamos.Silenciamos novamente e Deus sorriu, de novo...
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